Trecho do vídeo: Heróis de Todo Mundo | Zumbi dos Palmares – Canal Futura

Exposição Fotográfica dos 18 anos da Festa em Homenagem a Dandara e Zumbi dos Palmares , no Quilombo do Camorim

Em 2020, o Quilombo do Camorim realizaria a sua 18ª edição da Festa que se tornou tradicional na nossa comunidade: a “Festa em homenagem a Dandara e Zumbi dos Palmares”, comemoração pela passagem do Dia da Consciência Negra, em novembro. Por conta da pandemia, seguindo critérios recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), não nos reunimos para dançar, cantar e desfrutar da feijoada do Quilombo. Mas, como a data carrega uma importante simbologia para o povo preto, resolvemos, de alguma forma, deixá-la registrada. E aí que surgiu a idéia de realizar essa exposição virtual, com o apoio da Lei Aldir Blanc.

"É chegada a hora de tirar nossa nação das trevas da injustiça racial."

(Zumbi dos Palmares)

Inicialmente , o título oficial da festa era “Festa em Homenagem a Zumbi dos Palmares”. Um tempo depois, pela força da ação das mulheres no quilombo e na própria sociedade, foi incorporado ao nome da festa o nome de Dandara, companheira e tão guerreira quanto Zumbi.

"Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito, impor minha existência numa sociedade que insiste em negá-la.

(Djamila Ribeiro)"

Queríamos os registros dos convidados que freqüentaram as nossas festas. Muitos desses registros foram perdidos, ou por HD externo queimado, ou pela troca ou perda de um aparelho celular que continham fotos que não foram salvas, ou mesmo pelo desvio de fotos impressas em papel fotográfico. Mas aqui sintetizamos um pouco o que tem sido os nossos encontros. Tentamos selecionar um material que revelasse realmente o que tem sido as nossas festas, os nossos abraços, os nossos afagos.  Queríamos agradecer a contribuição dos colaboradores da nossa exposição. Fotógrafos profissionais ou amadores que, através dos seus registros, eternizaram momentos no Quilombo do Camorim : Adilson Almeida, Alexandre Pessanha, Ana Cristina Costa, Diniz Dino, Ingrid Pena, Filipe Pontes, Livia Maria, Lucas Loshiavo, Maíra Ferreira, Maria Rivanilda, Marinete Vieira, Mauro Lima, Nilço Mauro, Rosilane Almeida, Ricardo Soares, Sabor di Mãe, Sandra Lobato, Sirlene Costa, Tânia Amorim, Thaís Oliveira…

 Boa visitação !!!!!

2011
14 de maio
Feijoada e roupas Afro

 

"Certo dia na cabana um guerreiro
Certo dia na cabana um guerreiro
Foi atacado por uma tribo pra valê
Pegou dois paus, saiu de salto mortal
E gritou pula menino, que eu sou maculelê"

 

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2014
23 de novembro
Desfile em homenagem a Dandara e Zumbi

 

Assim como a feijoada do Adilson, feita na lenha, o desfile de roupas afros tem se tornado tradicional nas festas em homenagem a Dandara e Zumbi dos Palmares. Sempre coordenado por Maria Rivanilda (a D. Riva).

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2015
29 de Novembro
Igreja São Gonçalo do Amarante

" Eu vou pegar minha viola 
Eu sou um negro cantador
A negra canta deita e rola
É na senzala do senhor
Vou toca fogo no engenho meu pai 
Aonde o negro apanhou
Mais canta aí negro Nagô
Mais dança aí negro Nagô."

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2016
27 de Novembro
Camorim em festa

 

"Tava durumindo cangoma me chamou
Tava durumindo cangoma me chamou
Disse levante povo cativeiro já acabou"

 

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2017
26 de Novembro
Resistência Quilombola

 

"Negro acorda é hora de acordar
Não negue a raça
Torne toda manhã dia de graça
Negro não se humilhe nem humilhe a ninguém
Todas as raças já foram escravas também"

Candeia

 

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2018
25 de Novembro
Consciência Negra

"No tempo do cativeiro
Aturava muito desaforo
Levantava de manhã cedo
Com cara limpa levo o couro, ai
Agora quero ver o cidadão
Que grita no alto do morro
Vai-se Cristo, seu moço
Seu negro agora tá forro”.
 
 

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2019
24 de Novembro
Manifestação e Ancestralidade

 

"Palmares, balaios, malês, alfaiates
Fugas, guerrilhas, combates
Mão na cara, dedo em riste
Teatros, fundos de quintal, candomblés,
Blocos, jongos, afoxés
Assim também se resiste
Negritude resplandecente
Consciente a se reconstruir
O nosso nome é resistência
Olha o nosso povo aí"

Zé Luiz, Sereno, Nei Lopes

 

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" É tempo de formar novos quilombos, em qualquer lugar que estejamos, e que venham os dias futuros, a mística quilombola persiste afirmando: a liberdade é uma luta constante."

(Conceição Evaristo)

A música marcada pela cultura

Jongo

O jongo, também conhecido como caxambu e corimá, é uma dança brasileira de origem africana que é praticada ao som de tambores, como o caxambu.

Samba do Camorim

O samba de roda tem influências da cultura africana e portuguesa. O estilo musical nasceu das festas de terreiros realizadas no Recôncavo Baiano, durante os anos de 1860, e tinha como objetivo preservar o legado do povo negro escravizado.

Camorim, o quilombo 

Compositores :  Silvio Noronha, Marcelo Bizar e Marco Trindade

"Palmares é um exemplo livre e físico de uma nacionalidade brasileira, uma nacionalidade que está por se constituir. Nacionalidade está em que negros, brancos e índios lutam para que este país se transforme efetivamente numa democracia"

(Lélia Gonzalez)

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"Eu canto aos Palmares sem inveja de Virgílio de Homero e de Camões; porque o meu canto é o grito de uma raça em plena luta pela liberdade! "

(Solano Trindade)
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